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Existe explicação biológica para a monogamia ou é apenas comportamental?

 se engajam em qualquer atividade monogâmica. Uma raridade no reino animal que é comum, e até padronizada, entre os seres humanos.

O que os cientistas dizem?

Esse é um tema que desperta interesse entre os estudiosos —embora ainda não haja consenso. Pesquisas feitas ao longo das últimas décadas identificaram dois hormônios que estão relacionados com a tendência à monogamia. São eles a ocitocina e a vasopressina.

As duas substâncias estão ligadas ao amor e podem fortalecer vínculos duradouros —sejam eles de amizade ou amorosos. Mas a ocitocina, em específico, também é responsável pela ligação entre mãe e bebê na hora da amamentação.

"Ela faz com que exista um aumento da confiança interpessoal, tendo um papel imprescindível nos comportamentos afetivos. Então é, sim, biológico o sentimento de aproximação entre pares", explica Rita de Cássia Cavalcanti Brandão, psicóloga, neurocientista e mestre em antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco.Um feito por cientistas do Instituto Nacional de Saúde, nos Estados Unidos, analisou uma espécie de roedor chamada arganaz-do-campo, que é conhecida pelo seu comportamento monogâmico. Eles descobriram que, quando inibiam os receptores de ocitocina desses animais, eles não mostravam nenhuma preferência por um parceiro, mas quando esse hormônio era estimulado, essa preferência reaparecia.A vasopressina também demonstrou ser crucial na união dos casais —os monogâmicos continham mais receptores dessa substância do que seus primos não monogâmicos.

Existem outras respostas?

Apesar desse experimento ter se tornado muito popular na discussão sobre as origens biológicas da monogamia, essa não deve ser a única resposta quando se trata de seres humanos.
 feito por cientistas da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, que analisa a monogamia no reino animal, caracterizou a monogamia social como a formação de laços duradouros, aumento da defesa territorial e o cuidado biparental. Esses animais, no entanto, acabavam cometendo ocasionais infidelidades quando se tratava da questão sexual.

O especialista ainda toma cuidado para diferenciar a monogamia social do "poliamor". Neste segundo formato de relacionamento, realmente existe uma relação de amor entre todos os envolvidos e não somente o desejo sexual.Com os mais variados formatos de relacionamento existentes, Perin explica que muitos casais fazem acordos para descobrir a dinâmica que melhor funciona para eles. "É quase um contrato, nem sempre explícito, mas é possível estabelecer regras com o que você quer e espera daquilo."

Fontes: Eduardo Perin, psiquiatra, especialista em terapia cognitivo-comportamental pelo Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas da USP, especialista em sexualidade pelo InPaSex (Instituto Paulista de Sexualidade); Rita de Cássia Cavalcanti Brandão, psicóloga, neurocientista e mestre em antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco; Ana Luiza Fanganiello, psicóloga e mestre em sexualidade pela Unifesp.

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