Existe explicação biológica para a monogamia ou é apenas comportamental?
se engajam em qualquer atividade monogâmica. Uma raridade no reino animal que é comum, e até padronizada, entre os seres humanos.
As duas substâncias estão ligadas ao amor e podem fortalecer vínculos duradouros —sejam eles de amizade ou amorosos. Mas a ocitocina, em específico, também é responsável pela ligação entre mãe e bebê na hora da amamentação.
"Ela faz com que exista um aumento da confiança interpessoal, tendo um papel imprescindível nos comportamentos afetivos. Então é, sim, biológico o sentimento de aproximação entre pares", explica Rita de Cássia Cavalcanti Brandão, psicóloga, neurocientista e mestre em antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco.Um feito por cientistas do Instituto Nacional de Saúde, nos Estados Unidos, analisou uma espécie de roedor chamada arganaz-do-campo, que é conhecida pelo seu comportamento monogâmico. Eles descobriram que, quando inibiam os receptores de ocitocina desses animais, eles não mostravam nenhuma preferência por um parceiro, mas quando esse hormônio era estimulado, essa preferência reaparecia.A vasopressina também demonstrou ser crucial na união dos casais —os monogâmicos continham mais receptores dessa substância do que seus primos não monogâmicos.Fontes: Eduardo Perin, psiquiatra, especialista em terapia cognitivo-comportamental pelo Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas da USP, especialista em sexualidade pelo InPaSex (Instituto Paulista de Sexualidade); Rita de Cássia Cavalcanti Brandão, psicóloga, neurocientista e mestre em antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco; Ana Luiza Fanganiello, psicóloga e mestre em sexualidade pela Unifesp.
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